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A Teimosia.
A VONTADE DE REPARTIR COM OS OUTROS.
A partir do instante em que pude conviver de uma forma tão especial com o Jesus que até então desconhecia, não deixava de acompanhar minha mãe nas reuniões da Paulo de Frontin. Tive a honra e o privilégio de receber o que sobrava do banquete espiritual que Deus oferecia para aquela abençoada família.
Tomei algumas providências radicais entre elas, a de voltar ao convívio da mocidade metodista de Vila Isabel na tentativa de persuadir meus amigos de lá, que o texto de Hebreus 13:8 era verdade e estava valendo para nossos dias. Divulgava e convidava a todos de forma relevante a conhecer o Jesus que tinha conhecido. Meu assunto era só do novo encanto de louvar a Deus com a alma e o coração e da enorme satisfação de ver, presenciar e usufruir dos milagres que o Senhor vinha fazendo.
Mas o preço que fui obrigado a pagar foi grande. Poucos foram os jovens que me ouviram, preferiam continuar na tradição do convívio amigo e fraterno semelhante ao que podia ser encontrado em qualquer clube social.
Não me esqueço e não poderia ser diferente, quando numa das reuniões da Paulo de Frontin, no seu término lá estava o meu irmão Márcio. Fui abraçá-lo pela sua ida a reunião e fui imediatamente repreendido por ele por frequentar aquele tipo de reunião. Disse-me ele: ‘‘... era um bando de loucos, invocando espíritos não identificados, explorando a fé dos mais angustiados.’’
Naquela reunião, tinha sido o pregador o pastor chileno Sérgio, que mandou um recado específico para o Márcio, que estava muito revoltado e incomodado.
Na minha tristeza e desapontamento, fui para casa muito abatido. Orando na madrugada, o Senhor confortou o meu coração numa poderosa visitação de Seu Espírito quando afirmou: ‘’que... a sua palavra jamais voltaria vazia’’.
Pouco tempo depois, Márcio seria batizado com o fogo do Espírito Santo, largando todas as suas atividades no banco e na universidade dedicando-se ao pastorado. Estudioso da psicologia desde sua mocidade, Márcio se formou em 1971 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ministro jubilado, dedica-se hoje a ler, estudar e escrever, distanciado de qualquer atividade eclesiástica.
Decidi então me habilitar ao pastorado e após Assembléia Geral da Igreja Metodista de Vila Isabel no final do ano de 1965, fui recomendado ao seminário rápido metodista, no Colégio Bennett, na época sob a direção do curso estava o reverendo Fred.
Envolvido no movimento de renovação espiritual, que se espalhava nas igrejas tradicionais, fui atingido pela reformulação da Região Eclesiástica Metodista que resolveu acabar com o seminário rápido metodista argumentando à direção do Bennett que aquela não era a visão da igreja, ocasião em que o reverendo Fred retornou a América do Norte de onde era originário. Sem medo de errar acompanhei os pastores Ideomicio, Nadir, Gesse, Waldemar e tantos outros na fundação da Igreja Metodista Wesleyana.
Fundamos em 1969, a Igreja Metodista Wesleyana do Grajaú, com apenas quatro membros. Após dois meses, batizamos quarenta novos membros e já mantínhamos dois programas semanais de rádio, um na Copacabana e outro na Relógio Federal.
Acredito, sem sombra de dúvidas que vivia o primeiro amor. Confesso que tive muita dificuldade para entender o significado deste ‘’primeiro amor’’.
Hoje, após tanto tempo de ‘’teimosia’’, consigo entender corretamente o seu significado e acredito que esse deve ter sido o mais forte desejo que Deus colocou no meu coração para ter a coragem de escrever estas anotações na única intenção de ajuda-lo a vencer alguns obstáculos, muitos dos quais colocados por satanás em nossas mentes.